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FOTO DR. LUCAS MARGOTTO

ENDOMETRITE : ENTENDA O QUE SIGNIFICA

A endometrite é um processo inflamatório agudo ou crônico que acomete o endométrio, camada que reveste internamente o útero. Geralmente é causado por uma infecção, mas tem outras etiologias.

Endometrite aguda e crônica

A condição aguda e a crônica da endometrite é caracterizada, na maioria das vezes, pela presença de bactérias. A aguda é de curta duração e responde bem ao tratamento, sendo uma causa incomum de infertilidade.

A endometrite crônica pode prejudicar a fertilidade e reduzir as chances de gravidez, principalmente quando constitui o resultado de um processo inflamatório de longa duração no endométrio. Nesses casos, a implantação do embrião no endométrio é prejudicada.

Na ausência de uma amostra de tecido, outros fatores podem ajudar a distinguir entre inflamação aguda e crônica do endométrio. Os sintomas, por si só, não são determinantes, uma vez que as manifestações clínicas de ambos os distúrbios são semelhantes.

Uma exceção é a febre. As pacientes com endometrite aguda frequentemente têm febre, enquanto as que enfrentam processo crônico não.

Quais são as causas?

A endometrite é uma doença infecciosa. As infecções que podem causá-la incluem:

  • Infecções sexualmente transmissíveis, como clamídia e gonorreia, ureaplasma e micoplasma;
  • Infecções resultantes da proliferação de bactérias vaginais;
  • Tuberculose.

Vale salientar que o canal vaginal é repleto de bactérias que vivem em equilíbrio e protegem contra a proliferação de outras bactérias que podem ser prejudiciais.

Fatores de risco

Existem alguns fatores que aumentam as chances da  mulher desenvolver a doença:

  • Abortos, partos ou procedimentos ginecológicos;
  • Colocação de dispositivo intrauterino (DIU);
  • Dilatação e curetagem (raspagem uterina).

A endometrite pode ocorrer simultaneamente a outras condições na região pélvica, como uma inflamação do colo do útero, chamada cervicite, inflamação das tubas uterinas (salpingite), ovário (ooforite) e peritônio pélvico (peritonite pélvica).

Quais são os sintomas e sinais da doença?

Geralmente, a endometrite causa os seguintes sintomas:

  • Distensão abdominal;
  • Sangramento vaginal anormal;
  • Corrimento vaginal anormal;
  • Febre, que pode ser baixa ou alta;
  • Dor na pelve, área abdominal inferior ou área retal;
  • Evacuação com desconforto, podendo haver constipação.

No entanto, a endometrite crônica pode estar presente, mas a maioria das mulheres não apresenta nenhum sintoma ou manifestações que possam ser diagnosticadas erroneamente.

Como diagnosticar?

O diagnóstico de endometrite não é simples e exige cooperação entre o clínico e o patologista. A avaliação ginecológica pode passar pela análise dos sintomas apresentados e coleta de células uterinas importantes para ajudar a determinar a existência de agentes infecciosos.

Geralmente, é realizado o uso de meios complementares de diagnóstico, como a histeroscopia, associados a análises laboratoriais específicas, como exames de sangue, urina e corrimento vaginal e avaliação anatomopatológica da biópsia do endométrio.

A biópsia endometrial é uma ferramenta que desempenha um papel significativo na avaliação do casal infértil porque podem elucidar as várias causas de infertilidade.

Como tratar?

A endometrite tem cura. O tratamento para remover a infecção pode envolver o uso de antibióticos, como doxiciclina, ciprofloxacina, amoxicilina com clavulanato, azitromicina.

Esses remédios são usados para combater as bactérias que causam a inflamação do endométrio. Dependendo do tipo de infecção, o parceiro também deve ser tratado.

Posteriormente, culturas cervicais ou uma biópsia endometrial podem ser realizadas para garantir que a infecção desapareceu completamente após o término do tratamento com antibióticos. Caso contrário, um antibiótico diferente pode ser necessário.

COVID-19 E GRAVIDEZ

Apesar de mortes já registradas, como a de uma gestante em Pernambuco que morreu devido à Covid-19, ainda não existem evidências de que as grávidas sejam mais vulneráveis ao novo coronavírus (Sars-CoV-2). Apesar disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam precaução e não descartar a possibilidade de agravamento dos casos.

Mas, afinal, o que sabemos até agora?

1 – O que diz a OMS

2- O que diz o Ministério da Saúde?

3 – Gestantes são mais vulneráveis ao vírus?

4 – Como se proteger do coronavírus durante a gravidez?

5 – O bebê pode ser infectado pela mãe durante gestação, parto ou amamentação?

6 – Qual fase da gravidez é mais arriscada para pegar o vírus?

7 – A mãe é obrigada a fazer cesariana por causa do coronavírus?

8 – Minha família poderá comparecer durante o parto se eu estiver com a doença?

1.O que diz a OMS?

A organização internacional diz que muitas pesquisas científicas estão em curso para comprovar todos os efeitos da infecção pelo coronavírus no organismo das grávidas.

As informações disponíveis são limitadas, mas devido às alterações do corpo e do sistema imunológico que naturalmente acontecem nas mulheres nesta fase, são recomendadas precauções de proteção contra o vírus .

Além disso, o grupo tem o histórico de ser seriamente afetado por algumas infecções respiratórias, como ocorreu durante a pandemia de H1N1.

2. O que diz o Ministério da Saúde?

Nas diretrizes do Ministério, a situação das grávidas é analisada na categoria de “Casos especiais”, a mesma que avalia como deve ser o atendimento de cardíacos e outros pacientes vulneráveis.

Entretanto, as diretrizes do ministério, assim como as da OMS, dizem que “os dados sobre apresentação clínica e os resultados perinatais após a infecção pela Covid-19 durante a gravidez e/ou puerpério ainda são limitados”.

No documento com todas as diretrizes para o atendimento às mulheres grávidas, o governo orienta que os médicos não descartem a chance de um agravamento do quadro, já que há uma maior vulnerabilidade às infecções em geral durante o período.

Entre as determinações, estão uma consulta bimestral com um profissional de saúde e a individualização dos cuidados para cada mulher sobre como deverá ser o parto.

3. Gestantes são mais vulneráveis ao vírus?

Por enquanto, como dizem a OMS e o Ministério da Saúde, não existem evidências suficientes de que as gestantes tenham uma chance maior de desenvolver um caso grave da Covid-19.

Os estudos sobre o assunto, mesmo que frágeis, mostram uma boa resistência das grávidas ao coronavírus. Pesquisa recente feita em Nova York com 43 grávidas com Covid-19. Os pesquisadores mostraram que o grupo teve um risco similar de desenvolver a versão crítica tanto quanto o grupo de mulheres não-grávidas. Foram 86% dos casos leves, 9,3% de casos graves e 4,7% foram situações críticas entre as gestantes. O número é muito parecido com outro estudo chinês feito com 44 mil casos confirmados da população em geral: 80% de casos leves, 15% graves e 5% críticos.

“Hoje para poder ter todo um critério para as maternidades e hospitais poderem lidar com as pacientes, o Ministério da Saúde incluiu as gestantes como grupo de risco, mas isso não quer dizer ainda que uma grávida tenha uma chance maior de ficar mais doente”

4. Como posso me proteger durante a gravidez?

As medidas são as mesmas que devem ser tomadas pela população em geral:

*Lavar as mãos com frequência e/ou usar álcool gel

  • Distanciamento social de pelo menos 2 metros
  • Evitar aglomerações
  • Evitar tocar os olhos, o nariz e a boca
  • Cobrir a boca e o nariz com o cotovelo ao tossir e espirrar e, depois, descartar o tecido usado
  • Usar máscara
  • Em caso de febre persistente ou dificuldade de respirar, procurar o atendimento médico o mais rápido possível

5. O bebê pode ser infectado durante a gestação, durante o parto ou durante a amamentação?

De acordo com a OMS, não há indicação de que isso aconteça. O vírus ainda não foi detectado em amostras de líquido amniótico ou no leite materno. No entanto, Carvalho explica que há recomendação para que pacientes em quadro grave para o coronavírus não façam a amamentação. Segundo ele, é apenas uma medida de precaução enquanto novas evidências não surjam e também uma forma de resguardar a energia da mãe.

“A gestante que não está em estado grave, em uma infecção que não tem risco à saúde, essa gestante está autorizada à amamentação com muito cuidado, com máscara, higienização, ou tirar o leite com a limpeza adequada. As pacientes que estão num quadro mais importante de coronavírus, essas obrigatoriamente não podem amamentar. É uma forma de poupar a mulher, ou ela fica muito debilitada”

6. Qual fase da gravidez é mais arriscada para pegar o vírus?

Por enquanto, para as gestantes infectadas pelo coronavírus, os piores casos estão sendo vistos no último trimestre e na fase do puerpério, logo após o parto.

“Geralmente, é o nascimento e o puerpério, que é o período que a mulher está mais debilitada e tem que amamentar. É o período mais perigoso pra grávida. Mas tem pouquíssimos estudos, tudo está mudando muito rápido”

7. Sou obrigada a fazer cesariana por causa do coronavírus?

Não. A OMS diz que não há nenhuma ligação comprovada de que a cesariana seja necessária em caso de Covid-19. A decisão de como será o parto mais seguro deverá ser tomada de forma bilateral, entre mãe e médico, levando em consideração os riscos da doença.

Uma experiência de parto segura e positiva, de acordo com a organização internacional:

  • Respeito e dignidade com a mãe, bebê e família
  • Ter um acompanhante presente durante o parto;
  • Comunicação clara pela equipe de maternidade;
  • Estratégias apropriadas de alívio da dor;
  • Mobilidade no trabalho de parto, sempre que possível, e posição de nascimento de sua escolha

8. Minha família poderá comparecer durante o parto se eu estiver com a doença?

Com as novas medidas de isolamento,  algumas maternidades já estão permitindo apenas um acompanhante durante o parto. As visitas também foram reduzidas. A medida está prevista entre as diretrizes do Ministério da Saúde:

“Limitar o acesso de visitantes e profissionais de saúde a quartos de pacientes com uma confirmação ou caso suspeito”.

Radiofrequência não ablativa : rejuvenescimento genital da mulher

Com o processo de envelhecimento ocorrem alterações estruturais na pele. Os fibroblastos, células produtoras de colágeno e elastina, diminuem em número e tornam-se pouco ativos levando à redução na produção de proteínas estruturais da pele, propiciando a flacidez cutânea. A radiofrequência é um tipo de corrente de alta frequência, que gera calor por conversão, atingindo profundamente as camadas do tecido e promovendo vasodilatação com consequente oxigenação e nutrição dos tecidos. Ela é indicada em todos os processos degenerativos que impliquem na diminuição ou retardo do metabolismo, irrigação e nutrição, sendo em geral em patologias crônicas.Os efeitos térmicos da radiofrequência provocam a desnaturação do colágeno promovendo imediata e efetiva contração de suas fibras, ativando fibroblastos e favorecendo a neocolagenização alterada em diâmetro, espessura e periodicidade levando a reorganização das fibras colágenas e subsequente remodelamento do tecido.Portanto, o efeito da radiofrequência no tecido colágeno é bastante estudado e apresenta boa fundamentação científica.Como resultado imediato as fibras de colágeno aquecidas contraem, retraindo a pele, e como resultado tardio o aquecimento induzido aumenta o metabolismo das células dos fibroblastos e a remodelação do colágeno, o que gera a aparência de uma pele mais firme e retraída a longo prazo.O tratamento é indolor, não invasivo e não ablativo, o que faz com que a rotina diária dos pacientes não seja alterada. É um tratamento possível de ser realizado em qualquer época do ano ou fototipo do paciente. O procedimento é acompanhado por uma sensação de intenso calor e eritema moderado que é mantido por algumas horas. Os resultados são comprovados imediatos e de longo prazo. A  Radiofrequência está indicada para a mulher nos seguintes casos com resultados satisfatórios :
a) Atrofia vulvo-vaginal
b) Perda involuntária de urina ou incontinência urinária de esforço
c) Frouxidão vaginal pós partos normais
d) Dor no ato sexual por falta de lubrificação e atrofia vaginal
e ) Infeccões urinárias recorrentes
O procedimento normalmente é feito em consultório , sendo feito 3 sessões a cada 22 dias com duração de 30 minutos cada sessão aproximadamente .
Nota : já disponho em meu consultório do equipamento Spectra medical da Tonederm para realização da Radiofrequência

MENOPAUSA : COMO O MARIDO PODE AJUDAR A MULHER

Muitos marido passam por grandes dificuldades durante a menopausa de suas esposas. Aquela mulher dócil, alegre, disposta sexualmente e compreensiva entra em uma fase ao estilo “adolescência” e fica estressada, imprevisível, instável, chorosa, sem ânimo, sem nenhum desejo sexual, questionando tudo ao seu redor.

Se não houver um ótimo entendimento da situação, o esposo acaba se colocando no centro da situação e se sentindo culpado por tudo.

Quero dizer aos maridos: “Acalmem-se! Vai passar. Mas você precisa aguardar pacientemente por isso”.

Três pontos importantes para o marido ajudar a esposa

Vou focar em três pontos importantes, pois acredito que o entendimento do marido pode facilitar a convivência de forma direta. Primeiro, na questão do humor. Sei que uma mulher na menopausa pode abalar a estabilidade de toda a família com suas explosões emocionais.

Estresse, irritabilidade, desânimo, choro fácil, intolerância com defeitos simples são alguns dos sintomas. Para quem está ao lado dela, parece que enlouqueceu! Fica muito difícil entender e conviver com uma mulher na menopausa. Mas, realmente, ela precisa da sua ajuda.

Se você estiver se sentindo mal em conviver com ela, coloque-se no lugar dela e perceba o quanto deve ser difícil perceber que não se tem mais o controle sobre as próprias reações. É como uma nova adolescência.  Essa instabilidade vai passar, ela encontrará um novo equilíbrio. Se tiver sua compreensão, paciência e alegria, pode ser que passe bem mais rápido!

Outro ponto importante é a questão sexual. Após a menopausa, acontece uma diminuição muito intensa do desejo sexual. Na verdade, a vontade praticamente acaba.

É importante entender que isso é fisiológico, e que a sexualidade do casal pode continuar muito bem. Para isso, a mulher precisa colocar a vida sexual como algo importante para ela, uma das prioridades. E o homem precisa ser compreensivo com essa mudança, e estar aberto ao diálogo, aos carinhos.

É necessário reaprender a conquistar sua esposa. Pode acontecer, com o tempo, a mudança física no órgão genital feminino (gerando até mesmo dor na relação sexual), fazendo com que o casal precise do uso de lubrificantes. Pode ser necessário também o uso de algum hormônio local (prescrito pelo ginecologista).

Pode ser uma forma de renovar a vida a dois

É uma fase diferente, mas pode ser uma ótima forma de renovar a vida a dois. Mesmo sem desejo, a relação pode ser muito agradável e prazerosa, cumprindo sua principal função, que é unir o casal e refazer o laço de carinho.

Maridos, sejam compreensivos nessa nova fase, conversem bastante com suas esposas para descobrirem como transformar a vida sexual em algo agradável para os dois.

Por último, chamo a atenção para a necessidade de descobrir novos objetivos de vida a dois. Agora, vocês provavelmente estão com mais tempo livre e com mais estabilidade. É hora de se divertir! Viajem, mantenham mais contato com a natureza, saiam para dançar, façam exercícios, mudem a alimentação, façam trabalho voluntário, aproveitem para ir ao cinema, ao teatro, aprendam pintura.

Mas para que tudo isso aconteça é preciso que os maridos também se empenhem em viver esse tempo.

Marido animado reanima a esposa

Vejo muitos casos em que os homens, nessa fase, tornam-se mais caseiros, calados, sem disposição para sair (só ficam vendo televisão e acessando a internet). Se você está assim, acredite: você está perdendo uma das melhores oportunidades da sua vida.

Por outro lado, se o marido é animado, bem disposto, as mulheres acabam se rendendo à animação e entrando junto no movimento, mesmo sentindo a falta de disposição natural dessa fase.

Homens, a menopausa é difícil para vocês também, mas com seu amor e carinho, esse período se tornará uma linda transição para um novo tempo de mais alegria, amizade, companheirismo e intimidade. Basta perseverar e reconstruir

DOENÇAS MAIS COMUNS DAS MULHERES

Existen  doenças que afetam mais as mulheres do que os homens, e existem outras doenças que são exclusivas das mulheres. De entre todas as doenças passíveis de atingir o sexo feminino as mais comuns seriam :
  1. Câncer de mama

  2. O câncer da mama é um tumor maligno provocado pelo desenvolvimento descontrolado das células, o que origina a formação de um ou mais nódulos na mama. De acordo com estudos clínicos já efetuados, este é o câncero mais mortífero e também o mais comum entre a população do sexo feminino, no entanto, aproximadamente 85% das mulheres com câncer da mama conseguem recuperar. Não existe uma causa concreta para o surgimento desta doença, mas existem fatores de risco que podem instigar ou acelerar o seu desenvolvimento. Entre esses fatores encontram-se a idade (acima dos 50 anos o risco aumenta), a existência de casos de câncer na família, não ter filhos ou tê-los depois dos 30 anos, excesso de peso, elevado consumo de álcool e vida sedentária, entre outros.

    Prevenção do câncer da mama

    A luta contra o câncer da mama tem que começar muito antes de ele surgir e a atitude preventiva deve procurar agir sobre os fatores passíveis de serem controlados. Evitar o consumo de bebidas alcoólicas, evitar o excesso de peso mantendo uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes, não fumar, amamentar (no caso das mulheres com filhos), praticar exercício físico de forma regular, e efetuar o diagnóstico precoce do câncer da mama. O diagnóstico precoce engloba o autoexame da mama, o exame clínico da mama e a mamografia.

  3. Câncer do colo do útero

  4. Este câncer é o quarto mais comum entre a população feminina, afetando na sua maioria mulheres entre os 50 e os 60 anos de idade. Manifestando-se normalmente depois da menopausa , o câncero do colo do útero é uma das chamadas “doenças lentas”, uma vez que pode demorar entre 10 a 20 anos até se desenvolver.

    Prevenção do câncer do colo do útero

    Uma vez que se trata do câncer mais frequente do aparelho reprodutor feminino, as consultas regulares no ginecologista são essenciais para a realização dos exames de rotina sendo a melhor forma de se diagnosticar lesões precursoras do câncer do colo do útero ainda em fase inicial . Sabemos hoje que o vírus HPV ( papiloma vírus humano ) entra como o mais importante agente etiológico da doença e sua forma de transmissão quase sempre é sexual , portanto a promiscuidade sexual da mulher ou do parceiro  pesam muito no aparecimento da doença . Atualmente dispomos das vacinas para os HPV de alto risco para câncer de colo  ( Vacina bivalentes e quadrivalentes e com perspectiva da chegada no mercado da vacina nonavalente ) .

  5. Infeção urinária

  6. Cerca de 80 a 90% das pessoas que sofrem de infeções urinárias são mulheres. A infeção urinária é a presença anormal de micro-organismos numa zona do percurso urinário. Esta doença incide mais nas mulheres a partir da idade reprodutiva e estende-se até à idade da menopausa. Surge quando existe uma queda do estrogénio e dos micro-organismos que protegem esta região mais íntima do corpo feminino, principalmente como consequência de relações sexuais desprotegidas ou devido à presença de bactérias gastrointestinais que migram até à região da bexiga. Só muito raramente as infeções urinárias acontecem pela via da circulação sanguínea.

    Prevenção das infeções urinárias

    Existem algumas medidas que devem ser observadas para prevenir as infeções urinárias. Entre elas podemos contar a ingestão de líquidos em quantidades saudáveis, a micção antes e depois das relações sexuais, a não retenção de urina em situações do quotidiano,  a manutenção do correto funcionamento do aparelho digestivo, nomeadamente através de uma alimentação saudável e equilibrada. O uso de preservativo durante s as relações sexuais, a higiene diária e a limpeza correta após as micçõs, são outras formas preventivas das infeções urinárias.

  7. Candidíase

  8. Pelo menos uma vez na vida, e a acreditar nas estatísticas, cerca de 75% das mulheres tem candidíase; e entre 20 a 25% das mulheres que apresentam corrimentos genitais sofre desta doença. Segundo alguns especialistas, a candidíase não se encaixa na categoria de doença sexualmente transmissível uma vez que pode ocorrer na ausência de relações sexuais. A candidíase é uma infeção originada pelo fungo Cândida sp Monília e caracteriza-se pelo corrimento de cor esbranquiçada, espesso e grumoso, normalmente acompanhado por irritação no local, ardor e muito prurido ( coceira ) .

    Prevenção da candidíase

    Usar preservativo, secar bem a pele depois do banho, manter uma alimentação saudável e equilibrada, assegurar uma higiene adequada na região genital, evitar o uso diário de absorventes, evitar o uso de papel higiénico perfumado, preferir calças mais largas e deixar de lado as roupas interiores de tecidos sintéticos são algumas das ações preventivas a tomar contra a candidíase.

  9. Vaginose bacteriana

  10. Apesar de também ocorrer devido a contatos íntimos ou a relações sexuais, esta doença não é considerada uma doença sexualmente transmissível, uma vez que algumas das bactérias causadoras existem habitualmente no ser humano. A vaginose bacteriana é uma infeção genital provocada por bactérias. Esta doença pode levar à candidíase e é a causa mais comum do corrimento genital, caracterizando-se por um desequilíbrio da flora vaginal que provoca o aumento da concentração de bactérias. O odor desagradável característico da vaginose aumenta durante o período menstrual. Esta infeção é mais frequente em mulheres na idade reprodutiva.

    Prevenção da vaginose bacteriana

    Utilizar preservativo  as relações sexuais, manter uma higiene íntima adequada, evitar ducha vaginais e bidés, pois, estes podem revelar-se locais propícios às bactérias e limpar sempre a vagina da parte da frente para a parte de trás, para que as bactérias da região do ânus não se desloquem para a região vaginal.

  11. Corrimento ou vaginite

  12. É uma secreção anormal expelida pela vagina e que se caracteriza por um odor desagradável. Normalmente, este corrimento é provocado por infeções vaginais, vulvites e vulvovaginites, doenças sexualmente transmissíveis e infeções cervicais ou do colo do útero.

    Prevenção do corrimento ou vaginite

    Evitar situações de stress, não usar antibióticos sem serem receitados pelo médico, não usar roupas apertadas ou de tecidos sintéticos, manter uma boa higiene íntima usando sabonetes próprios, praticar uma alimentação saudável e manter as consultas regulares de ginecologia, de forma a identificar e prevenir as causas desta secreção excessiva.

  13. Osteoporose

  14. Três em cada quatro dos pacientes de osteoporose são do sexo feminino. São principalmente afetadas as mulheres na fase da pós-menopausa, sendo esta uma doença que resulta rarefação óssea por deficiência de estrogênios e cálcio na alimentação . Alguns fatores como o sedentarismo, o álcool, tabaco, café em excesso e uma alimentação deficiente podem levar ao agravamento desta doença. Para além destes fatores externos, existe também uma predisposição genética para a osteoporose.

    Prevenção para a osteoporose

    Para prevenir esta doença é necessário uma boa terapia hormonal na época da menopausa iniciada dentro da janela de oportunidade ,  uma dieta rica em cálcio e a prática de exercício físico de forma regular. Entre esses exercícios físicos, destacam-se as caminhadas e as atividades aeróbicas. Tomar sol de forma racional e dentro dos limites considerados saudáveis é muito importante para que o corpo produza a vitamina D3  necessária para a manutenção de um esqueleto saudável.

  15. Alzheimer

  16. É uma doença degenerativa que interfere com o funcionamento do cérebro e que compromete várias das suas funções de forma mais ou menos grave. A doença de Alzheimer é mais frequente nas mulheres do que nos homens, principalmente na sua variante genética mais comum. Ainda não existe cura para esta doença e se assim se mantiver, poderão existir cerca de 115 milhões de pessoas a sofrerem desta doença até ao ano de 2050.

    Prevenção da doença de Alzheimer

    Reservar 15 minutos por dia para fazer “ginástica ao cérebro”, proporcionando-lhe desafios e atividades mentais para que se mantenha sempre em movimento e em bom funcionamento. Ler também pode ser uma boa opção, uma vez que treina o cérebro para ser capaz de reter informação. Praticar exercício físico de forma regular, seguir uma alimentação saudável quanto possível e beber uma taça de vinho tinto por dia também são gestos que contribuem para a prevenção de lesões no cérebro. Acrescente a isso dormir pelo menos oito horas por noite e manter o estado da pressão arterial bem equilibrado, evitando assim a hipertensão.

  17. Depressão

  18. Cerca de 350 milhões de pessoas sofrem de depressão em todo o mundo e a maior parte destes doentes são mulheres. Os desequilíbrios hormonais , fatores ambientais , bem como a depressão pós-parto podem induzir a crises de depressão. Esta doença caracteriza-se por um desinteresse em relação a tudo o que rodeia o paciente, perda de autoestima, mudanças de humor repentinas e bruscas. Caso não seja tratada ou diagnosticada a tempo, a depressão pode tornar-se uma doença crônica altamente incapacitante e pode até conduzir ao suicídio em casos extremos.

    Prevenção da depressão

    A depressão previne-se principalmente através da prática de uma vida tranquila e o mais livre possível de stress e ansiedade. O tratamento deve ser sempre conduzido por um profissional porque apenas boa vontade e palavras encorajadoras são incapazes de contornar a depressão. Exercício físico regular, uma alimentação saudável e passatempos apaixonantes também podem ajudar na prevenção desta doença. Em caso de reincidência ou manutenção dos sintomas da depressão, é crucial procurar de imediato ajuda médica.

  19. Ovário Policístico

  20. Esta doença pode levar algumas mulheres à infertilidade se não for devidamente acompanhada e tratada. É um distúrbio endócrino que atinge cerca de 7% das mulheres em idade reprodutiva, levando à alteração dos níveis hormonais e provocando a formação e crescimento de cistos nos ovários. Esta doença caracteriza-se pela menstruação irregular, presença de microcistos nos ovários e uma elevada produção de testosterona.

    Prevenção do ovário policístico

    Uma dieta saudável, que impeça o aumento significativo do peso e que não contribua para o aumento da pressão arterial é crucial, assim como evitar expor-se a situações de stress e de ansiedade. Praticar exercício físico de forma equilibrada, manter os níveis de colesterol e de tensão arterial controlados, cumprir um calendário regular de visitas ao ginecologista são alguns fatores que são importantes para prevenir o surgimento desta doença.

CÂNCER DE MAMA

O que é

Todo câncer se caracteriza por um crescimento rápido e desordenado de células, que adquirem a capacidade de se multiplicar. Essas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores malignos (câncer), que podem espalhar-se para outras regiões do corpo. O câncer também é comumente chamado de neoplasia.

O câncer de mama, como o próprio nome diz, afeta as mamas, que são glândulas formadas por lobos, que se dividem em estruturas menores chamadas lóbulos e ductos mamários. É o tumor maligno mais comum em mulheres e o que mais leva as brasileiras à morte, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Segundo a Estimativa sobre Incidência de Câncer no Brasil, 2014-2015, produzida pelo Inca, o Brasil terá 576 mil novos casos de câncer por ano. Desses, 57.120 mil serão tumores de mama.

O câncer de mama é relativamente raro antes dos 35 anos, mas acima dessa idade sua incidência cresce rápida e progressivamente. É importante lembrar que nem todo tumor na mama é maligno e que ele pode ocorrer também em homens, mas em número muito menor. A maioria dos nódulos (ou caroços) detectados na mama é benigna, mas isso só pode ser confirmado por meio de exames médicos.

Quando diagnosticado e tratado ainda em fase inicial, isto é, quando o nódulo é menor que 1 centímetro, as chances de cura do câncer de mama chegam a até 95%. Tumores desse tamanho são pequenos demais para serem detectados por palpação, mas são visíveis na mamografia. Por isso é fundamental que toda mulher faça uma mamografia por ano a partir dos 40 anos.

Fatores de risco

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O câncer de mama – e o câncer de forma geral – não tem uma causa única. Seu desenvolvimento deve ser compreendido em função de uma série de fatores de risco, alguns deles modificáveis, outros não.

O histórico familiar é um importante fator de risco não modificável para o câncer de mama. Mulheres com parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) que tiveram a doença antes dos 50 anos podem ser mais vulneráveis.

Entre outros fatores de risco não modificáveis estão o aumento da idade, a menarca precoce (primeira menstruação antes dos 11 anos de idade), a menopausa tardia (última menstruação após os 55 anos), nunca ter engravidado ou ter tido o primeiro filho depois dos 30 anos.

Já os fatores de risco modificáveis bem conhecidos até o momento estão relacionados ao estilo de vida, como o excesso de peso e a ingestão regular (mesmo que moderada) de álcool. Alterá-los, portanto, diminui o risco de desenvolver a doença. No entanto, a adoção de um estilo de vida saudável nunca deve excluir as consultas periódicas ao ginecologista, que incluem a mamografia anual a partir dos 40 anos.

Sintomas

O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de um caroço. Nódulos que são indolores, duros e irregulares têm mais chances de ser malignos, mas há tumores que são macios e arredondados. Portanto, é importante ir ao médico. Outros sinais de câncer de mama incluem:

inchaço em parte do seio;

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irritação da pele ou aparecimento de irregularidades, como covinhas ou franzidos, ou que fazem a pele se assemelhar à casca de uma laranja;

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dor no mamilo ou inversão do mamilo (para dentro);

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vermelhidão ou descamação do mamilo ou pele da mama;

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saída de secreção (que não leite) pelo mamilo;

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caroço nas axilas;

Detecção precoce

Câncer de Mama
O câncer de mama é uma doença grave, mas que pode ser curada. Quanto mais cedo ele for detectado, mais fácil será curá-lo. Se no momento do diagnóstico o tumor tiver menos de 1 centímetro (estágio inicial), as chances de cura chegam a 95%.
Quanto maior o tumor, menor a probabilidade de vencer a doença. A detecção precoce é, portanto, uma estratégia fundamental na luta contra o câncer de mama. Se a detecção precoce é a melhor estratégia, a principal arma para sair vitoriosa dessa luta é a mamografia, realizada uma vez por ano em toda mulher com 40 anos ou mais. É a partir dessa idade que o risco da doença começa a aumentar significativamente. A mamografia é o único exame diagnóstico capaz de detectar o câncer de mama quando ele ainda tem menos de 1 centímetro. Com esse tamanho, o nódulo ainda não pode ser palpado. Mas é com esse tamanho que ele pode ser curado em até 95% dos casos.

  • Autoexame
  • Direito de Todas
  • Selo de Qualidade

Durante muito tempo, as campanhas de conscientização para o câncer de mama divulgaram a ideia de que o autoexame das mamas, baseado na palpação, era a melhor forma para detectá-lo precocemente. Mas o tempo passou, a medicina evoluiu e as recomendações mudaram.

O autoexame continua sendo importante – mas de forma secundária. Quando o tumor atinge o tamanho suficiente para ser palpado, já não está mais no estágio inicial, e as chances de cura não são máximas.

Infelizmente, ainda há muita desinformação no Brasil. Uma pesquisa realizada em 2008 pelo Datafolha a pedido da Femama revelou que para 82% das mulheres o autoexame é a principal forma de diagnóstico precoce. Apenas 35% apontaram a mamografia.

A incidência do câncer de mama vem crescendo no mundo todo, mas, quando se trata do número de mortes causadas pela doença, as tendências variam. Em países desenvolvidos, a mortalidade vem caindo lentamente, ao passo que nos países em desenvolvimento, como o Brasil, registra-se um gradativo aumento.

Pelo menos parte dessa diferença se deve ao diagnóstico precoce, ainda precário no nosso país. Entre 1999 e 2003, quase metade dos casos de câncer de mama foram diagnosticados em estágios avançados, segundo estudo do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Especialistas estimam que mortalidade por câncer de mama em mulheres entre 50 e 69 anos poderia ser reduzida em um terço se todas as brasileiras fossem submetidas à mamografia uma vez por ano.

Diagnóstico precoce

O câncer de mama é uma doença grave, mas que pode ser curada. Quanto mais cedo ele for detectado, mais fácil será curá-lo. Se no momento do diagnóstico o tumor tiver menos de 1 centímetro (estágio inicial), as chances de cura chegam a 95%, segundo a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama – Femama. Quanto maior o tumor, menor a probabilidade de vencer a doença. A detecção precoce é, portanto, uma estratégia fundamental na luta contra o câncer de mama.

Se o diagnóstico precoce é a melhor estratégia, a principal arma para sair vitoriosa dessa luta é a mamografia, realizada uma vez por ano em todas as mulheres com 40 anos ou mais. É a partir dessa idade que o risco da doença começa a aumentar significativamente.

A mamografia é o único exame diagnóstico capaz de detectar o câncer de mama quando ele ainda tem menos de 1 centímetro. Com esse tamanho, o nódulo ainda não pode ser palpado. Mas é com esse tamanho que ele pode ser curado em até 95% dos casos.

autoexame

autoexame

Durante muito tempo, as campanhas de conscientização para o câncer de mama divulgaram a ideia de que o autoexame das mamas, baseado na palpação, era a melhor forma para detectá-lo precocemente. Mas o tempo passou, a medicina evoluiu e as recomendações mudaram.

O autoexame continua sendo importante – mas de forma secundária. Ele é essencial para que a mulher conheça seu corpo, em especial sua mama, e possa perceber qualquer alteração. O autoexame pode ser feito visualmente e por meio da palpação, uma vez por mês, após o final da menstruação. Para as mulheres que não menstruam mais, o ideal é definir uma data e fazê-lo uma vez ao mês, sempre no mesmo dia. Entretanto, ele não substitui a importância do exame clínico feito por um profissional da saúde por meio da palpação e, menos ainda, a mamografia.

É fundamental que, além do autoexame, todas as mulheres acima dos 40 anos façam seus exames de rotina, entre eles a mamografia. Só ela pode detectar precocemente um nódulo pequeno e aumentar muito as chances de cura.

MAMOGRAFIA

mamografia

A mamografia é um exame de raio-X, na qual a mama é comprimida entre duas placas de acrílico para melhor visualização. Em geral são feitas duas chapas de cada mama: uma de cima para baixo e uma de lado. Apesar da compressão da mama ser um pouco desagradável para algumas mulheres, é importante lembrar que ela não é perigosa para a mama. A dose de raios X utilizada nos aparelhos modernos é também muito baixa, e não deve servir de empecilho para a realização do exame.

Fundamental e insubstituível, a mamografia pode detectar nódulos de mama em seu estágio inicial, quando não são percebidos na palpação do autoexame feito pela mulher ou pelo profissional de saúde. Por serem pequenos, esses nódulos têm menor probabilidade de disseminação e mais chances de cura.

Por essa razão, as mulheres acima de 40 anos devem realizar a mamografia regularmente, em intervalos anuais. E, com a efetivação da Lei Federal nº 11.664/2008, em vigor a partir de 29 de abril de 2009, toda mulher brasileira tem direito a realizar pelo SUS sua mamografia anual a partir dessa idade.

Como todo exame médico, a mamografia está sujeita a deficiências. Acredita-se que cerca de 10% dos casos comprovados de câncer de mama não sejam detectados na mamografia, principalmente em mulheres jovens, que têm a mama densa. A ultrassonografia pode auxiliar no diagnóstico quando associada à mamografia e pode ser muito útil para detectar lesões duvidosas.

Diferentes tipos de câncer de mama

Diferentes tipos de câncer de mama

O câncer de mama pode se manifestar de diversas formas, e conhecer seus principais tipos ajuda a compreender melhor o que está acontecendo. O diagnóstico positivo é sempre uma notícia impactante, mas é importante estar bem informada para conversar com o oncologista sobre as opções de terapias disponíveis e mais apropriadas para o seu caso. Há os tumores mais e os menos agressivos, e os que crescem mais ou menos rápido, por exemplo.

Uma série de características vai permitir ao médico indicar o tratamento mais adequado, aquele com maior chance de trazer a cura no menor tempo possível, minimizando os riscos de recaída. Muitas vezes, porém, a paciente não fica sabendo o que significam tantos termos técnicos e quais são suas implicações, o que tende a aumentar ainda mais sua angústia nesse momento tão delicado. Não deixe de conversar com o seu médico para acompanhar todos os passos do tratamento.

  • Ductal Ou Lobular
  • In Situe Invasor
  • Receptores Hormonais
  • HER2 Positivo
  • Triplo Negativo

As primeiras informações sobre o tipo de tumor costumam vir no resultado da biópsia, que informa se o carcinoma (que é sinônimo para câncer de mama) é ductal ou lobular, classificação que diz respeito ao local da mama onde se originou o tumor.

As mamas são glândulas formadas por lobos, que se dividem em estruturas menores chamadas lóbulos e ductos mamários.

O tipo mais comum é chamado carcinoma ductal, porque se origina nas células dos ductos mamários. Já o carcinoma lobular, menos comum, tem origem nas células dos lóbulos mamários.

Diagnóstico positivo

O câncer de mama pode se manifestar de diversas formas, e conhecer seus principais tipos ajuda a compreender os diferentes tratamentos prescritos pelos médicos.

O diagnóstico positivo é sempre uma notícia impactante, mas é importante estar bem informada para conversar com o oncologista sobre as opções de terapias disponíveis e mais apropriadas para o seu caso.

carcinoma ductal e lobular

As mamas são glândulas formadas por lobos, que se dividem em estruturas menores chamadas lóbulos e ductos mamários. A principal classificação do câncer de mama diz respeito à estrutura em que se originou o tumor.

O tipo mais comum é chamado carcinoma ductal, porque se origina nas células dos ductos mamários. Ele pode ser in situ, quando se restringe às células desses ductos, ou invasor, quando se dissemina para os tecidos adjacentes. Já o carcinoma lobular, menos comum, tem origem nas células dos lóbulos mamários, e também pode ser in situ ou invasivo.

O carcinoma ductal ou o lobular in situ representam o estágio mais precoce do câncer de mama. Se não forem tratados, a tendência é evoluir para a forma invasora, disseminando-se para outras regiões da mama e, posteriormente, do corpo. Nessa fase, os tumores são muito pequenos (menores de 1 centímetro) para serem palpados, mas podem ser detectados na mamografia e curados em 95% dos casos.

tipo inflamatório

O câncer de mama pode ser ainda do tipo inflamatório, que é uma forma de apresentação incomum dos carcinomas invasores. Ele costuma disseminar-se por toda a pele da mama, tornando-a avermelhada, quente e inchada devido à presença de células tumorais nos vasos linfáticos da pele.

Outros tipos de câncer de mama, bem mais raros, incluem a doença de Paget, que se inicia no mamilo; os linfomas, que acometem o sistema linfático da mama; e os sarcomas, que se originam no tecido conjuntivo (músculo ou gordura) da mama.

receptores hormonais

Seja qual for o tipo, todos os tumores de mama devem ser testados quanto à presença de receptores para hormônios femininos (estrógeno e progesterona), que são proteínas localizadas na superfície externa da célula. Sua presença indica sensibilidade das células tumorais a esses hormônios. Trata-se de uma informação muito importante para definir que tipo de tratamento a paciente irá receber. Os tumores positivos para receptores hormonais geralmente crescem mais lentamente.

HER-2

Outro receptor cuja presença fará muita diferença no tratamento prescrito pelo médico é conhecido como HER-2. Trata-se de uma proteína, também situada na face externa da célula, que está presente em 25% dos casos de câncer de mama. Os tumores HER-2 positivos costumam ser mais agressivos, isto é, crescem e se disseminam mais rapidamente que outros tipos de câncer, e devem ser tratados com medicamentos específicos.

VACINAS NA GRAVIDEZ


FEBRASGO reforça a importância de três vacinas durante a gestação

Que algumas vacinas são de grande importância na gestação, todos os médicos sabem, mas muitos não tem reforçado a necessidade de imunização para as mulheres grávidas. Por isso, a presidente da Comissão de Vacinas da FEBRASGO, Nilma Antas Neves, explica que existem vacinas que estão disponíveis nos postos de saúde gratuitamente: a Vacina Influenza, Vacina dTpa e Vacina Hepatite B.

Abaixo  as indicações de cada Vacina. Confira:

1) Vacina Influenza

A gripe durante a gestação ou puerpério pode levar a formas clínicas graves, pneumonia e morte. O risco de complicações é muito alto, principalmente no terceiro trimestre de gestação, mantendo-se elevado no primeiro mês após o parto. As puérperas apresentam risco semelhante ou maior que as gestantes de ter complicações em decorrência da Influenza.

A vacinação contra o vírus influenza em gestantes é uma estratégia eficaz de proteção para a mãe e para o lactente. Estudo realizado demonstrou que os lactentes de mães vacinadas contra a influenza, apresentaram menos casos da doença.

Todas as gestantes devem tomar a vacina Influenza, em qualquer fase da gestação. Ela é gratuita para gestantes (qualquer idade gestacional, não precisa comprovação de gestação) e puérperas até 45 dias (levar certidão de nascimento do recém-nascido ou cartão da gestante ou documento do hospital).

2) Vacina dTpa

A vacina dTpa (tríplice bacteriana acelular do adulto) tem o objetivo específico na gestação de proteger contra tétano neonatal e coqueluche no recém-nascido. A preocupação com a coqueluche é decorrente do aumento dos casos em lactentes jovens (em idade pré-vacinação) com alta taxa de letalidade em todo o mundo. No Brasil, em 2014, mais de 50 crianças menores de 6 meses de idade morreram por coqueluche. Foi constatado que esses recém-nascidos são infectados pelos contatos próximos, principalmente pela mãe, em cerca de 40% dos casos. Os lactentes antes dos 6 meses de idade não completaram seu esquema de vacinação. Um adulto infectado pela Bordetella pertussis pode resultar em até 17 novos casos. O quadro clínico da coqueluche no adulto não é típico, devendo-se suspeitar dos pacientes com tosse seca por mais de 14 dias.

O objetivo da vacinação da gestante é diminuir a transmissão da mãe para o recém-nascido após o parto e a proteção relativa do recém-nascido através dos anticorpos maternos via transplacentária. A efetividade de proteção dos anticorpos transplacentários para o feto não é totalmente conhecida, mas certamente modifica a severidade da doença. Após a vacinação na gestação, os anticorpos maternos atingem o pico em algumas semanas e caem em poucos meses.

A vacinação da gestante deve ser com idade gestacional acima de 20 semanas (preferencialmente entre 27 e 36 semanas). A mulher deve ser vacinada em todas as gestações, independente de quando tomou a última dose da vacina dT (que é a dupla bacteriana, disponível nos postos de saúde, porém, confere proteção apenas para Difteria e Tétano).

É preciso reforçar que:

  • Se a gestante já tem seu esquema de vacinação contra tétano completo (3 doses prévias), ela precisa tomar apenas a dTpa entre 27 e 36 semanas.
  • Se a gestante não tem ou não sabe se o esquema de tétano está completo, ela deve ser vacinada com 2 doses da dT e 1 dose da dTpa (sendo esta, entre 27 e 36 semanas). O intervalo entre as doses deve ser entre 30 e 60 dias.

3) Vacina Hepatite B

Caso a gestante não tenha o esquema de vacinação completo para Hepatite B ou nunca tomou nenhuma dose, ela deve ser vacinada durante a gestação preferencialmente durante o segundo ou terceiro trimestre. O esquema completo consiste em 3 doses (0-1-6 meses). Se a gestante já tiver recebido 1 ou 2 doses, deverá completar as doses durante a gestação, não sendo necessário tomar novamente a(s) dose(s) recebidas.

Por fim, os recém-nascidos podem ser infectados ao nascerem de mães portadoras do vírus B da hepatite. O risco de infecção crônica é mais elevado, quando a exposição ocorre no período perinatal. Cerca de 25% das crianças que desenvolvem a infecção crônica morrem de carcinoma hepatocelular ou cirrose décadas após a infecção inicial.


VACINA DE FEBRE AMARELA E GRAVIDEZ


A vacina contra a febre amarela é feita com vírus vivo, que através de uma série de tratamentos, se torna muito fraco. Desta forma, a maioria das pessoas que tomam a vacina desenvolve imunidade contra ele, sem que nunca manifestem a doença. Porém em alguns, pode haver uma leve manifestação dessa infecção, que às vezes, por ser tão discreta, passa despercebida pela própria pessoa.

Na gravidez, como há sempre aquele risco pequeno que se desenvolva a infecção, essa vacina é relativamente contra-indicada. Relativamente porque, se a gestante viver, ou precisar ir para uma área de alto risco, é mais seguro para ela e para o neném que ela receba a vacina, do que fique suscetível a pegar uma infecção com o vírus forte. Se isso acontecer, pode ser muito pior para os dois.

Mas, qual é o risco real da grávida em receber essa vacina?

Riscos no decorrer da gestação:

  • Estudos compararam a gravidez dessas gestantes com outras “normais”, e não viram diferença nos resultados das gestações entre os dois grupos. Isso significa que os dois grupos tiveram um número semelhante de complicações durante a gravidez, e assim não é possível atribuir à vacina a culpa por essas complicações.
  • Sabe-se também que mesmo manifestando a doença da febre amarela, a taxa de transmissão na gravidez é baixa.

Riscos para o bebê:

  • Os bebês, após o nascimento, também não apresentaram diferença no seu desenvolvimento e bem estar, quando comparados aos bebês “normais”.
  • Naqueles nenéns nos quais foi constatada a transmissão da febre amarela durante a gestação, também não foi observada nenhuma alteração importante, que trouxesse uma piora na qualidade de vida da criança.

Resumindo: é lógico que se puder evitar a vacina na gestação é melhor, mas se você acabar tomando, não é um problema enorme!

Mas uma coisa é certa: estatísticas e resultados de estudos só servem para o médico aprender com as experiências dos colegas, para poder tomar decisões mais sensatas. Quando se trata da paciente, não importa as estatísticas, e sim o que acontece com ela, mesmo que seja a minoria. Isso não é uma visão pessimista, mas sim realista.

Por isso, se você recebeu a vacina da febre amarela na gravidez, seu obstetra deve ficar sabendo e deve acompanhar a gestação mais atento a alterações que possam acontecer. Ele, não você! Você deve continuar curtindo muito essa gravidez e saber que a chance de ter algum problema com isso é minúscula.

ZIKA VÍRUS NA GRAVIDEZ

A infecção por zika vírus pode prejudicar o feto em qualquer fase da gravidez, não apenas se a mãe adoecer nas primeiras semanas de gestação, como se imaginava inicialmente. É o que mostra pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz e da Universidade da Califórnia, publicada no site da revista científica “The New England Journal of Medicine”. De 42 mulheres acompanhadas, 29% esperavam bebês com alterações no sistema nervoso central.

Os filhos de mulheres contaminadas entre a 5ª e a 38ª semanas de gravidez apresentaram más-formações, como microcefalia, calcificações cerebrais, restrição de crescimento intrauterino, ausência de hemisférios cerebrais. A infecção pelo vírus também afetou a função placentária e houve casos de grávidas com pouco líquido e até mesmo com ausência de líquido amniótico. Dois fetos morreram; suas mães haviam adoecido na 25ª e na 32ª semanas de gestação.

O estudo, iniciado em setembro, antes mesmo de o Ministério da Saúde decretar emergência em saúde pública, acompanhou 88 mulheres com sintomas de zika, como manchas vermelhas no corpo, conjuntivite, dor de cabeça e dores nas articulações. Os exames deram positivo para zika em 72 mulheres (82%): 42 aceitaram ser acompanhadas e passaram por ultrassonografia; as demais alegaram que o local para os exames era distante de casa ou se negaram a fazer os testes por temer os resultados. As 16 que tiveram teste para zika negativo também passaram por ultrassonografias.

Todas eram saudáveis, e não apresentavam nenhum outro fator de risco além de terem contraído zika – possíveis causas de microcefalia, como sífilis, citomegalovírus e rubéola haviam sido afastadas nos exames. Um dado chamou a atenção dos pesquisadores e foi registrado no trabalho: 88% das grávidas já haviam tido dengue, confirmado por exames de sangue. As mulheres relataram ainda que outros parentes haviam contraído zika – 21% delas disseram que seus companheiros adoeceram.

Das 42 mulheres acompanhadas, 12 esperavam bebês com más-formações. As ultrassonografias mostraram que cinco deles tinham restrição de crescimento intrauterino (com ou sem microcefalia); quatro apresentavam calcificações cerebrais, dois tinham outras lesões do sistema nervoso central; quantidade insuficiente de líquido amniótico foram percebidas em sete gestações. Quatro fetos tinham fluxo anormal nas artérias cerebrais ou umbilicais.

Seis mulheres deram à luz e os achados na ultrassonografia foram confirmados: um bebê tinha microcefalia severa e atrofia cerebral; dois bebês diagnosticados com restrição do crescimento intrauterino foram considerados pequenos ao nascer e com cabeças proporcionais e um bebê cuja mãe apresentou pouco líquido amniótico nasceu com tamanho adequado para a idade gestacional. Duas mulheres que não tiveram zika deram à luz bebês sem nenhuma alteração.

Para os pesquisadores, esses resultados “fornecem apoio adicional” para mostrar a ligação entre a infecção de grávidas por zika e “anomalias fetais e placentárias”. “Apesar de os sintomas clínicos leves, infecção pelo zika vírus durante a gravidez parece estar associada a resultados graves, como morte fetal, insuficiência placentária, restrição de crescimento fetal e lesões do sistema nervoso central”, escreveram os pesquisadores.

Eles recomendam o cuidadoso acompanhamento dessas mulheres para avaliar os sinais de insuficiência placentária, que podem levar à morte do feto. O estudo, que reúne pesquisadores de diferentes instituições ligadas à Fiocruz, como o Instituto Nacional de Infectologia (INI) e o Instituto Fernandes Figueiras, ainda não foi encerrado. As crianças nascidas dessas mães serão acompanhadas por longo prazo em outras fases da pesquisa.

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