Existen  doenças que afetam mais as mulheres do que os homens, e existem outras doenças que são exclusivas das mulheres. De entre todas as doenças passíveis de atingir o sexo feminino as mais comuns seriam :
  1. Câncer de mama

  2. O câncer da mama é um tumor maligno provocado pelo desenvolvimento descontrolado das células, o que origina a formação de um ou mais nódulos na mama. De acordo com estudos clínicos já efetuados, este é o câncero mais mortífero e também o mais comum entre a população do sexo feminino, no entanto, aproximadamente 85% das mulheres com câncer da mama conseguem recuperar. Não existe uma causa concreta para o surgimento desta doença, mas existem fatores de risco que podem instigar ou acelerar o seu desenvolvimento. Entre esses fatores encontram-se a idade (acima dos 50 anos o risco aumenta), a existência de casos de câncer na família, não ter filhos ou tê-los depois dos 30 anos, excesso de peso, elevado consumo de álcool e vida sedentária, entre outros.

    Prevenção do câncer da mama

    A luta contra o câncer da mama tem que começar muito antes de ele surgir e a atitude preventiva deve procurar agir sobre os fatores passíveis de serem controlados. Evitar o consumo de bebidas alcoólicas, evitar o excesso de peso mantendo uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes, não fumar, amamentar (no caso das mulheres com filhos), praticar exercício físico de forma regular, e efetuar o diagnóstico precoce do câncer da mama. O diagnóstico precoce engloba o autoexame da mama, o exame clínico da mama e a mamografia.

  3. Câncer do colo do útero

  4. Este câncer é o quarto mais comum entre a população feminina, afetando na sua maioria mulheres entre os 50 e os 60 anos de idade. Manifestando-se normalmente depois da menopausa , o câncero do colo do útero é uma das chamadas “doenças lentas”, uma vez que pode demorar entre 10 a 20 anos até se desenvolver.

    Prevenção do câncer do colo do útero

    Uma vez que se trata do câncer mais frequente do aparelho reprodutor feminino, as consultas regulares no ginecologista são essenciais para a realização dos exames de rotina sendo a melhor forma de se diagnosticar lesões precursoras do câncer do colo do útero ainda em fase inicial . Sabemos hoje que o vírus HPV ( papiloma vírus humano ) entra como o mais importante agente etiológico da doença e sua forma de transmissão quase sempre é sexual , portanto a promiscuidade sexual da mulher ou do parceiro  pesam muito no aparecimento da doença . Atualmente dispomos das vacinas para os HPV de alto risco para câncer de colo  ( Vacina bivalentes e quadrivalentes e com perspectiva da chegada no mercado da vacina nonavalente ) .

  5. Infeção urinária

  6. Cerca de 80 a 90% das pessoas que sofrem de infeções urinárias são mulheres. A infeção urinária é a presença anormal de micro-organismos numa zona do percurso urinário. Esta doença incide mais nas mulheres a partir da idade reprodutiva e estende-se até à idade da menopausa. Surge quando existe uma queda do estrogénio e dos micro-organismos que protegem esta região mais íntima do corpo feminino, principalmente como consequência de relações sexuais desprotegidas ou devido à presença de bactérias gastrointestinais que migram até à região da bexiga. Só muito raramente as infeções urinárias acontecem pela via da circulação sanguínea.

    Prevenção das infeções urinárias

    Existem algumas medidas que devem ser observadas para prevenir as infeções urinárias. Entre elas podemos contar a ingestão de líquidos em quantidades saudáveis, a micção antes e depois das relações sexuais, a não retenção de urina em situações do quotidiano,  a manutenção do correto funcionamento do aparelho digestivo, nomeadamente através de uma alimentação saudável e equilibrada. O uso de preservativo durante s as relações sexuais, a higiene diária e a limpeza correta após as micçõs, são outras formas preventivas das infeções urinárias.

  7. Candidíase

  8. Pelo menos uma vez na vida, e a acreditar nas estatísticas, cerca de 75% das mulheres tem candidíase; e entre 20 a 25% das mulheres que apresentam corrimentos genitais sofre desta doença. Segundo alguns especialistas, a candidíase não se encaixa na categoria de doença sexualmente transmissível uma vez que pode ocorrer na ausência de relações sexuais. A candidíase é uma infeção originada pelo fungo Cândida sp Monília e caracteriza-se pelo corrimento de cor esbranquiçada, espesso e grumoso, normalmente acompanhado por irritação no local, ardor e muito prurido ( coceira ) .

    Prevenção da candidíase

    Usar preservativo, secar bem a pele depois do banho, manter uma alimentação saudável e equilibrada, assegurar uma higiene adequada na região genital, evitar o uso diário de absorventes, evitar o uso de papel higiénico perfumado, preferir calças mais largas e deixar de lado as roupas interiores de tecidos sintéticos são algumas das ações preventivas a tomar contra a candidíase.

  9. Vaginose bacteriana

  10. Apesar de também ocorrer devido a contatos íntimos ou a relações sexuais, esta doença não é considerada uma doença sexualmente transmissível, uma vez que algumas das bactérias causadoras existem habitualmente no ser humano. A vaginose bacteriana é uma infeção genital provocada por bactérias. Esta doença pode levar à candidíase e é a causa mais comum do corrimento genital, caracterizando-se por um desequilíbrio da flora vaginal que provoca o aumento da concentração de bactérias. O odor desagradável característico da vaginose aumenta durante o período menstrual. Esta infeção é mais frequente em mulheres na idade reprodutiva.

    Prevenção da vaginose bacteriana

    Utilizar preservativo  as relações sexuais, manter uma higiene íntima adequada, evitar ducha vaginais e bidés, pois, estes podem revelar-se locais propícios às bactérias e limpar sempre a vagina da parte da frente para a parte de trás, para que as bactérias da região do ânus não se desloquem para a região vaginal.

  11. Corrimento ou vaginite

  12. É uma secreção anormal expelida pela vagina e que se caracteriza por um odor desagradável. Normalmente, este corrimento é provocado por infeções vaginais, vulvites e vulvovaginites, doenças sexualmente transmissíveis e infeções cervicais ou do colo do útero.

    Prevenção do corrimento ou vaginite

    Evitar situações de stress, não usar antibióticos sem serem receitados pelo médico, não usar roupas apertadas ou de tecidos sintéticos, manter uma boa higiene íntima usando sabonetes próprios, praticar uma alimentação saudável e manter as consultas regulares de ginecologia, de forma a identificar e prevenir as causas desta secreção excessiva.

  13. Osteoporose

  14. Três em cada quatro dos pacientes de osteoporose são do sexo feminino. São principalmente afetadas as mulheres na fase da pós-menopausa, sendo esta uma doença que resulta rarefação óssea por deficiência de estrogênios e cálcio na alimentação . Alguns fatores como o sedentarismo, o álcool, tabaco, café em excesso e uma alimentação deficiente podem levar ao agravamento desta doença. Para além destes fatores externos, existe também uma predisposição genética para a osteoporose.

    Prevenção para a osteoporose

    Para prevenir esta doença é necessário uma boa terapia hormonal na época da menopausa iniciada dentro da janela de oportunidade ,  uma dieta rica em cálcio e a prática de exercício físico de forma regular. Entre esses exercícios físicos, destacam-se as caminhadas e as atividades aeróbicas. Tomar sol de forma racional e dentro dos limites considerados saudáveis é muito importante para que o corpo produza a vitamina D3  necessária para a manutenção de um esqueleto saudável.

  15. Alzheimer

  16. É uma doença degenerativa que interfere com o funcionamento do cérebro e que compromete várias das suas funções de forma mais ou menos grave. A doença de Alzheimer é mais frequente nas mulheres do que nos homens, principalmente na sua variante genética mais comum. Ainda não existe cura para esta doença e se assim se mantiver, poderão existir cerca de 115 milhões de pessoas a sofrerem desta doença até ao ano de 2050.

    Prevenção da doença de Alzheimer

    Reservar 15 minutos por dia para fazer “ginástica ao cérebro”, proporcionando-lhe desafios e atividades mentais para que se mantenha sempre em movimento e em bom funcionamento. Ler também pode ser uma boa opção, uma vez que treina o cérebro para ser capaz de reter informação. Praticar exercício físico de forma regular, seguir uma alimentação saudável quanto possível e beber uma taça de vinho tinto por dia também são gestos que contribuem para a prevenção de lesões no cérebro. Acrescente a isso dormir pelo menos oito horas por noite e manter o estado da pressão arterial bem equilibrado, evitando assim a hipertensão.

  17. Depressão

  18. Cerca de 350 milhões de pessoas sofrem de depressão em todo o mundo e a maior parte destes doentes são mulheres. Os desequilíbrios hormonais , fatores ambientais , bem como a depressão pós-parto podem induzir a crises de depressão. Esta doença caracteriza-se por um desinteresse em relação a tudo o que rodeia o paciente, perda de autoestima, mudanças de humor repentinas e bruscas. Caso não seja tratada ou diagnosticada a tempo, a depressão pode tornar-se uma doença crônica altamente incapacitante e pode até conduzir ao suicídio em casos extremos.

    Prevenção da depressão

    A depressão previne-se principalmente através da prática de uma vida tranquila e o mais livre possível de stress e ansiedade. O tratamento deve ser sempre conduzido por um profissional porque apenas boa vontade e palavras encorajadoras são incapazes de contornar a depressão. Exercício físico regular, uma alimentação saudável e passatempos apaixonantes também podem ajudar na prevenção desta doença. Em caso de reincidência ou manutenção dos sintomas da depressão, é crucial procurar de imediato ajuda médica.

  19. Ovário Policístico

  20. Esta doença pode levar algumas mulheres à infertilidade se não for devidamente acompanhada e tratada. É um distúrbio endócrino que atinge cerca de 7% das mulheres em idade reprodutiva, levando à alteração dos níveis hormonais e provocando a formação e crescimento de cistos nos ovários. Esta doença caracteriza-se pela menstruação irregular, presença de microcistos nos ovários e uma elevada produção de testosterona.

    Prevenção do ovário policístico

    Uma dieta saudável, que impeça o aumento significativo do peso e que não contribua para o aumento da pressão arterial é crucial, assim como evitar expor-se a situações de stress e de ansiedade. Praticar exercício físico de forma equilibrada, manter os níveis de colesterol e de tensão arterial controlados, cumprir um calendário regular de visitas ao ginecologista são alguns fatores que são importantes para prevenir o surgimento desta doença.